Na era digital, o professor vem sendo a todo o instante desafiado a superar seu papel ditador e detentor do saber para se tornar um mediador, um pesquisador crítico e reflexivo e principalmente que tenha conhecimentos sobre ambientes virtuais, o que exige novos modelos educacionais.
Segundo Lévy. P (1995, p.119), em seu livro : As Tecnologias da Inteligência. Rio de Janeiro: Editora 34. afirma que: “O acesso à educação de qualidade nos países em desenvolvimento ainda deixa a desejar e o nível de conscientização e interesse pelas questões públicas ainda precisam melhorar”.
No entanto, Lévy vislumbra no horizonte da “sociedade em rede” o potencial para uma mudança importante que repercutirá por todo mundo e pergunta se não seria o início desta tão proclamada “conexão global”, o pano de fundo para a emergência de uma “inteligência coletiva”? Num sentido ainda mais abstrato, Lévy diz que poderíamos estar assistindo, já em nossa época, a ascensão da humanidade a um patamar evolucionário mais nobre.
E um dos pontos crucial para essa educação de qualidade sem dúvidas é a formação do professor, para assim acontecerá a modernização do ensino, o que requer a formação continuada dos professores na busca do saber e nas tomadas de consciência sobre sua prática e o seu fazer pedagógico.
Ao longo dos anos, observa-se que o papel do professor vem sofrendo buscas mudanças e ao mesmo tempo estão sendo acrescidas de novas exigências à sua função.
MORIN, E, em seu livro Os sete saberes necessários à educação do futuro. 5ª ed. São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2002, diz que “ Educar para aprender é o novo desafio posto para os educadores, exigindo muito mais flexibilidade espaço-temporal, pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos e propostas mais abertas de pesquisa e comunicação”.
Para MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos e BEHRENS, Marilda. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica.16ª ed. Campinas: Papirus,2009, p.12-17
Afirma que:
”[...] A internet será ótima para professores inquietos, atentos a novidades, que desejam atualizar-se, comunicar-se mais. Mas ela será um tormento para o professor que se acostumou a dar aula sempre da mesma forma, que fala o tempo todo na aula, que impõe um único tipo de avaliação[...]”.
E isso vem se afirmando, quando se observa que muitos professores não acreditam mais na transformação da sociedade, porque para que isso aconteçam se faz necessário estar continuamente (re)significando sua pratica, é estar sempre atualizando-se e muitos não querem. Desejam fazer apenas o beabá e pronto. Percebo em vários discursos que muitos professores não acreditam na transformação dos seus alunos,não querem mais planejar, pois fazer isso é como afirma (PARRA apud SANT'ANNA et al, 1995, p. 14). Para Planejar é "se preocupa com o 'para onde ir' e 'quais as maneiras adequadas para chegar lá', tendo em vista a situação presente e as possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as necessidades da sociedade, quanto as do indivíduo".
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